Abertas as inscrições para as novas turmas do curso básico de esperanto na Associação Zamenhof – – – Jam eblas aliĝi al la novaj klasoj de la baza kurso de Esperanto en la Asocio Zamenhof

As inscrições para as novas turmas de agosto já estão abertas!

Venha você também estudar esperanto conosco!

Conheça o idioma transnacional esperanto, com certeza você verá o mundo com outros olhos!

Preencha a ficha de inscrição clicando no endereço abaixo e venha para a Associação Zamenhof.

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Aula do curso básico, 1ª turma de 2011 - Leciono de la baza kurso - 1-a klaso de 2011
Aula do curso básico, 1ª turma de 2011            Leciono de la baza kurso – 1-a klaso de 2011

Carlos Alberto Alves, o criador do “Kurso de Esperanto” – – – Carlos Alberto Alves, la kreinto de la programo “Kurso de Esperanto”

Por Junior Bellé |

Carlos Alberto Alves tem 36 anos e mora em Brasília. Trabalha no serviço público federal e é formado em Ciências da Computação pela UFMT. Aprendeu o esperanto com 17 anos e já participou de vários congressos esperantistas pelo mundo. Ele é o brasileiro por trás do Kurso, software gratuito para o ensino da língua, disponibilizado no site kurso.com.br, no qual Carlos é também o mantenedor.

Através do site, Carlos coordena uma equipe internacional de professores que utilizam o Kurso em seus respectivos países. Conheça o trabalho, o homem, o idioma, um ideal.

O que é e por que estudar esperanto hoje?
O esperanto é uma língua criada para facilitar a comunicação entre os povos do mundo inteiro. Tem uma gramática simples e lógica e pode ser aprendida em pouco tempo. O esperanto não pretende substituir as línguas nacionais, mas apenas servir como meio de comunicação entre pessoas que falam línguas distintas. Pesquisas demonstraram que o estudo do esperanto ajuda a aprender outras línguas e a compreender a própria língua pátria. A grande vantagem de falar esperanto, contudo, está na possibilidade de se relacionar com pessoas de qualquer parte do mundo em uma atmosfera de fraternidade e igualdade de direitos, pois o esperanto pertence a todos os povos e países. Entre os esperantistas, não há a distinção entre falantes nativos e falantes estrangeiros.

Como foi produzido o software do Kurso?
O Kurso surgiu da idéia de unir duas ferramentas maravilhosas: o computador e o esperanto. Por ser regular, o esperanto pode ser aprendido, sem grandes esforços, com os recursos de multimídia dos modernos computadores. A primeira versão do curso, lançada no final de 2000, era apenas para os lusófonos. Hoje, o curso já está traduzido para mais de 30 línguas.

É realmente possível tornar-se fluente em esperanto com cursos on-line?
Cursos on-line são uma excelente opção para o aprendizado em geral. Com os atuais recursos tecnológicos, os cursos on-line estão conquistando a simpatia até mesmo dos acadêmicos mais conservadores. Para o aprendizado de línguas, os cursos on-line apresentam a vantagem da repetição, dos testes interativos e das salas de bate-papo (texto, áudio e vídeo). O esperanto, por sua regularidade gramatical, pode ser aprendido por meio de um curso on-line que dure cinco vezes menos que os cursos das demais línguas. Nesses nove anos de existência do “Kurso”, tive a oportunidade de conhecer várias pessoas que aprenderam a língua internacional com o meu curso on-line. A maioria delas apresentam uma fluência notável, além de um excelente domínio da gramática.

Há uma estimativa do numero de falantes do esperanto e do numero de pessoas que já fizeram o Kurso?
Um censo mundial ainda não foi realizado, dada a dispersão dos esperantistas pelo mundo. No entanto, várias foram as tentativas de estimar o número de falantes da língua. As estimativas variam entre 10 milhões e 100 mil falantes. A estimativa mais frequente é de 1 milhão de esperantófonos. A maioria dessas pessoas usa o esperanto como segunda ou terceira língua. Há, no entanto, um considerável número de pessoas que falam o idioma desde a primeira infância. São filhos de casais que se conheceram por meio do esperanto e que passaram a usar a língua diariamente, no âmbito familiar.

O Kurso é baixado, em média, 200 vezes por dia. Se multiplicarmos esse número pelo tempo de existência do Kurso, chegamos a cerca de 650 mil downloads. Se somarmos os CDs distribuídos em revistas especializadas em informática e idiomas, teremos cerca de 1 milhão de potenciais usuários do curso.

Quais são os meios para se treinar a língua, para falar esperanto com outras pessoas?
O esperanto é praticado principalmente nos encontros que acontecem regularmente nos níveis local, nacional e internacional. No Brasil, tivemos o congresso de Juiz de Fora, este ano. O próximo acontecerá em Campo Grande-MS, em julho de 2010. O Congresso Mundial de Esperanto também acontece anualmente. O mais recente foi o de Byalistok, Polônia (julho de 2010). A internet abriu uma nova janela para a comunicação internacional em esperanto. Existem numerosas listas de discussão e salas de bate-papo na língua internacional. Até a Wikipedia tem a sua seção em esperanto, que está entre as mais ativas.

Por que você buscou aprender esperanto?
Inicialmente, foi por curiosidade. Mas, à medida que avançava no aprendizado, mais me encantava pela língua. Quando entrei em contato com a comunidade esperantista, percebi que ali se processava um dos mais notáveis fenômenos sociais: a criação de um mundo sem barreiras linguísticas. Senti-me, imediatamente, um cidadão do mundo.

O esperanto faz diferença no currículo? E na vida?
O esperanto ainda não conta pontos para concurso público. Tampouco é exigido para a contratação no setor privado. Mas, com certeza, é um “plus” no currículo de qualquer profissional. Já soube de casos em que a menção do esperanto no currículo foi decisivo para a contratação. Chamou a atenção do entrevistador e deu a oportunidade ao entrevistado de mostrar que tem pensamento cosmopolita, o que é muito apreciado nestes tempos de globalização. No meu caso, o esperanto ajudou-me a compreender melhor o funcionamento das línguas, com consequente melhoria no domínio da gramática portuguesa, e colocou-me em contato com pessoas interessantes de diversas partes do mundo, algo que eu ainda não havia alcançado, mesmo já tendo domínio, à época, da língua inglesa.

El la paĝaro:
http://www.negodito.com/o-homem-do-kurso/

Festival de Cinema Esperantista acontecerá em São Paulo – – – Esperanta Kinofestivalo okazos en San Paŭlo

O Festival de Cinema Esperantista é um festival de cinema internacional independente, no idioma internacional Esperanto.

Definição 1: O festival de cinema rompe imagens vigentes do mundo, elimina estereótipos e prova que não existem barreiras para a comunicação.

Definição 2: Nós vivemos em um mundo cheio de limites. No início nossos pais e depois a sociedade nos ditam como viver em um espaço fechado. Obrigam-nos a pensar de forma estereotipada para nos controlar mais facilmente. A sociedade por vezes nos obriga a agir de tal forma que às vezes começamos a afrontar a natureza. Através da arte cinematográfica é possível apresentar e transmitir ideias corajosas às pessoas simples. O cinema é uma arte tão expressiva, que ela toca a todos, faz pensar e dá um outro nível de pensamento.

Difino3: A base do Festival de Cinema é propiciada pela apreciação recíproca a diversas línguas e culturas, igualdade entre línguas e povos, diversidade cultural.

Objetivos
  • Apoiar o cinema em Esperanto e estimular autores a criar obras audiovisuais modernas.
  • Mostrar uma utilidade prática da língua internacional Esperanto como justo portador de culturas nacionais.
  • Apresentar um cinema independente, sem censura linguística, política ou de qualquer espécie.

Tarefas

  • Dar chance a autores iniciantes de apresentar-se no cinema do Esperanto.
  • Na mostra competitiva escolher as melhores obras.
  • Lançar um evento cultural tradicional, popular e apreciado entre esperantistas e não-esperantistas.
  • Estabelecer um ambiente criativo de compreensão entre autores e o público

A língua de trabalho do festival é o Esperanto.

Local e tempo

O primeiro Festival de Cinema acontecerá em São Paulo, Brasil, de 10 a 13 de Julho de 2011, durante o 8º Congresso Panamericano de Esperanto.

O sítio do Congresso está em: www.kongreso2011.org.

Os criadores

O iniciador do Festival de Cinema em Esperanto é Aleksander OSINCEV com a união de criação “Filmoj sen limoj” (Filmes sem Fronteiras). Os autores do conceito do Festival são Aleksander OSINCEV, Jaroskav KIKAVEC, Darja OBRAZCOVA, Sergej KOROL e Svetozar LAPSHIN.

Equipe organizadora

A equipe organizadora é formada por um Diretor do Festival, um júri internacional, a união criativa “Filmoj sen limoj” e a organização local.

O Diretor administra a atividade de todos os grupos, auxilia no contato com distribuidores, contata diretores e parceiros, resolve questões gerais, estratégicas e financeiras, administra o portal do Festival de Cinema.

O júri internacional é composto por artistas populares do Esperanto. O júri internacional assiste aos materiais em vídeo enviados para a mostra competitiva, avalia segundo critérios previamente discutidos e estabelecidos e escolhe os ganhadores em cada categoria.

“Filmoj sen limoj” administra o tratamento dos filmes, a tradução e a dublagem em Esperanto. Este grupo, junto com o principal parceiro local, escolhe para o programa não-competitivo.

A equipe local é composta por voluntários esperantistas, do país e da cidade que sedia o Festival de Cinema. Esse grupo é formado por dois times: um de divulgação e outro técnico, que se ocupa do Festival em si. Os grupos auxiliam na busca do local adequado, no transporte, recepção e acomodação de convidados.

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Esperanta Kinofestivalo estas internacia sendependa kinofestivalo en internacia lingvo Esperanto.

Difino1: La kinofestivalo rompas ekzistantajn imagojn pri la mondo, forigas stereotipojn, kaj pruvas, ke ne ekzistas baroj por komunikado.

Difino2: Ni vivas en la mondo plenplena de limigoj. Komence gepatroj kaj poste la socio diktas al ni kiel vivi en fermita spaco. Oni devigas nin pensi steriotipe por poste pli facile regi nin. La socio foje devigas nin agi tiel, ke tio foje komencas kontraŭstari la naturon. Pere de kinematografio eblas prezenti kaj transdoni kuraĝajn ideojn al kutimaj homoj. Kino estas tiom esprimplena arto, ke ĝi tuŝas ĉiun, devigas pensi kaj donas alian nivelon de pensado.

Difino3: La bazon de kinofestivalo kreas reciprokan estimon al diversaj lingvoj kaj kulturoj, egalecon inter lingvoj kaj popoloj, kaj kulturan diversecon.

Celoj
  • Subteni Esperanto-kinarton kaj motivigi aŭtorojn krei modernajn sonvidajn verkojn.
  • Montri praktikan utilon de la internacia lingvo Esperanto kiel justa peranto de naciaj kulturoj.
  • Prezenti sendependan kinarton sen ajna lingva, politika kaj aliaj cenzuroj.
Taskoj
  • Doni ŝancon al komencantaj aŭtoroj montri sin en Esperanto-kinarto.
  • En konkurado elekti plej bonajn verkojn.
  • Fondi tradician kulturan eventon, popularan kaj estimatan inter esperantistoj kaj neesperantistoj.
  • Starigi krean etoson de kompreno inter aŭtoroj kaj publiko.

La labora lingvo de festivalo estas Esperanto.

Loko kaj tempo

La unua Kinofestivalo okazos en San-Paŭlo (Brazilo)ekde la 10-a ĝis la 13-a de julio 2011 dum TAKE.

La retejo de TAKE: www.kongreso2011.org.

Fondintoj

La fondinto de Kinofestivalo en Esperanto estas Aleksander OSINCEV kaj krea unuiĝo Filmoj sen limoj. Aŭtoroj de koncepto de Kinofestivalo estas Aleksander OSINCEV, Jaroskav KIKAVEC, Darja OBRAZCOVA, Sergej KOROL, Svetozar LAPŜIN.

Organiza teamo

Organiza teamo konsistas el Direktoto de la Kinofestivalo, internacia ĵurio, krea unuiĝo Filmoj sen limoj kaj loka organiza teamo.

Direktoro de la Kinofestivalo administras agadon de ĉiuj grupoj, subtenas kontakton kun distribuantoj, kontaktas reĝisorojn kaj partnerojn, solvas ĝeneralajn, strategiajn kaj financajn demandojn, administras retejon de la Kinofestivalo.

Internacia ĵurio konsistas el estimataj E-artistoj. Internacia ĵurio spektas la alsenditajn videajn materialojn en konkursaj programoj, pritaksas ilin laŭ antaŭe pridiskutitaj kaj pretigitaj kriterioj kaj elektas gajnintojn en ĉiu konkursa nomumo.

Filmoj sen limoj administras prilaboron de filmoj, tradukon kaj dubladon en Esperanton. Tiu ĉi grupo kune kun la ĉefa surloka partnero elektas filmojn por nekonkursa programo.

Loka organiza teamo konsistas el esperantistoj-volontuloj, loĝantaj en la lando kaj urbo de la Kinofestivalo. Tiu grupo konsistas el du teametoj: unu informa kaj dua teknika. La informa okupiĝas pri informado kaj la teknika pri la Festivalo mem. La grupoj helpas trovi taŭgan ejon, helpas pri transportado, akceptas gastojn kaj loĝigas ilin.

El la retpaĝo:
http://kinofestivalo.org/pt/about/

Revista da Monica faz menção ao esperanto – Revuo de Mônica mencias Esperanton

A revista infantil “Turma da Mônica” nº 52 fez menção ao esperanto.
La infana revueto “Turma da Mônica” n-ro 52 menciis Esperanton.

Esperanto-mencio ne infana brazila revuo - Menção ao esperanto em revista infantil brasileira

Esperanto-mencio en infana brazila revuo - Menção ao esperanto em revista infantil brasileira

Esperanto-mencio ne infana brazila revuo - Menção ao esperanto em revista infantil brasileira

Esperanto-mencio en infana brazila revuo - Menção ao esperanto em revista infantil brasileira

Eis a revista:
Jen la revueto:

Turma da Mônica nº 52

Turma da Mônica nº 52

Esperanto – Língua Internacional? – – – Esperanto – Ĉu internacia Lingvo?

Esperanto – Língua Internacional?

Rubrica: 

por Pedro Jacintho Cavalheiro

Com o Projeto de Lei (PL 6162/09) do Senador Cristovam Buarque, ex-reitor da UNB, que propõe a criação de um artigo na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) que introduz do ensino da língua internacional Esperanto no Ensino Médio como matéria opcional, muitas perguntas, velhas e novas, sobre essa língua vem sendo feitas.

Reuni, então, algumas perguntas importantes para que você saiba exatamente o que o Esperanto é e o que ele não é. Sem mitos e sem bobagens. Esse questionário deixará você bem informado sobre esse assunto, que está na pauta do Congresso Nacional.

  • Esperanto não é uma língua morta?

Não. Ao contrário: Esperanto é uma língua moderna e jovem. Tem apenas 124 anos, o que para uma língua é uma criança. Esperanto é uma língua viva, com vocabulário para toda e qualquer situação contemporânea, com dicionários técnicos sobre aviação, computação etc.

Uma língua é considerada morta quando deixa de ser usada por um agrupamento humano, estaciona no tempo e não acompanha mais a evolução social e tecnológica. O Latim, por exemplo, embora usado em nomenclaturas biológicas, no Direito e em algumas situações pontuais e específicas, é uma língua morta. Por que? Sabe como se diria em Latim a frase “O ascensorista colocou a mão no bolso da calça e tirou o maço de cigarros”? Não é possível dizer! Porque na Roma Antiga não existiam elevadores e, portanto, não existiam ascensoristas; não existiam maços de cigarros, não existiam bolsos e nem calças. Assim, por ter deixado de ser usado por um agrupamento humano, por ter parado no tempo e não acompanhado a evolução do mundo, o Latim tornou-se uma língua morta. Apenas para dar mais um exemplo, o mesmo aconteceu com o Sânscrito védico e depois com o Sânscrito clássico, que embora existam em livros da tradição védica, não são usados como língua do dia a dia por nenhum agrupamento humano e, por isso, deixaram de acompanhar a evolução social e tecnológica da humanidade. Para que se tenha uma ideia da localização do Sânscrito no tempo, as primeiras formas dessa língua, que pode ter levado séculos se desenvolvendo, aparece por volta de 1200 a.C. e por volta do século V a.C., a gramática do Sânscrito clássico foi fixada por Panini. Hoje apesar de ser uma das 23 línguas oficiais da Índia, é utilizada apenas em liturgias e não na vida cotidiana. Tanto o Sânscrito quanto o Latim influenciaram várias línguas modernas, mas são línguas ditas tecnicamente mortas.

O Esperanto, com apenas 124 anos, é uma língua moderna, viva e pujante.

  • Esperanto não é um projeto que não deu certo?

Não. Nada disso. Esperanto não é um projeto e já faz tempo que deu certo. O Esperanto é uma língua em plena atividade. Seus falantes contam com uma organização mundial bem sólida. A Associação Universal de Esperanto, com sede na Holanda, possui mais 1900 Delegados em 90 países. Existe uma Academia Internacional de Letras Esperantista e associações mundiais de muitas atividades humanas profissionais ou não. A Academia de Ciência de San Marino, confere título de Mestre ou Doutor a quem apresenta lá seu trabalho de mestrado ou doutorado em Esperanto. Na Hungria o Esperanto já é matéria opcional nos vestibulares, desde o ano 2000, e é uma das quatro opções para língua não-nacional mais escolhidas pelos vestibulandos. Na China o Esperanto já é ensinado em várias escolas como língua opcional e algumas universidades do país existem cursos de pós-graduação em Esperanto e esperantologia. O site oficial do governo Chinês oferece versão em Esperanto. Por falar nisso existem sites não esperantistas que já utilizam o Esperanto como ferramenta de comunicação, como o do jornal francês “Le Monde Diplomatic”, a rede social “Face Book”, o buscador “Google” etc. Eu uso o navegador Mozilla Firefox em Esperanto. Aí você poderia pensar “Ah, o Mozilla não vale porque as versões são feitas por internautas pelo mundo afora”. Pois é: existem esperantistas no mundo em número suficiente para formar grupos e produzir muita coisa na língua, apesar de ser uma língua com pouco mais de um século de vida e de não pertencer a um país. AWikipedia em Esperanto possui hoje mais de 144.000 artigos nessa língua, traduzidos ou escritos por esperantistas. Pense nisso.

Poderia oferecer muitos outros dados, mas já deu pra perceber que o Esperanto deu certo.

  • Mas não é absurdo uma língua universal para substituir as línguas nacionais?

Claro! Seria uma ideia não só absurda, mas também nefasta! O Esperanto nunca se propôs a ser “universal”. Esse adjetivo NUNCA foi utilizado pelo iniciador do Esperanto, pelo movimento esperantista organizado ou pela literatura esperantista. O Esperanto surgiu exatamente para evitar que línguas nacionais fossem descaracterizadas ou desaparecessem completamente pela imposição de línguas nacionais de nações economicamente fortes. Fenômeno recorrente no mundo. Esse é o absurdo: línguas nacionais que são impostas por razões mercantilistas e de poder sobre nações mais pobres. A ambição humana tem estado historicamente acima da preservação do patrimônio linguístico e cultural da humanidade e da democracia linguística nas relações internacionais. O Esperanto surgiu exatamente para defender esses princípios, além de ser uma língua foneticamente possível de ser falada por todas as gentes e muito mais fácil que qualquer língua nacional. A ideia de universalização da língua vai contra os princípios esperantistas.

O Esperanto nasceu com outro nome. Chamava-se simplesmente “Língua Internacional”. Não “universal”. E quando surgiu se apresentava com o seguinte mote: “Para cada povo seu idioma, para todos os povos o Esperanto”. O Esperanto sempre se colocou como a melhor alternativa de língua neutra internacional para as relações internacionais e não como substituta das línguas étnicas.

  • Mas, eu já vi uma propaganda de curso de Esperanto chamando-o de “Língua Universal”…

Eu também já vi muita bobagem nessa vida. Acredite. Mas isso é fruto de ignorância. Um esperantista bem formado, com nível cultural mais elevado, sabe que a palavra “universal” é perigosa e incorreta para classificar o Esperanto, porque transmite a ideia de algo que existe parar substituir coisas que lhe são semelhantes, como “pino universal”, por exemplo. Embora existam outros significados para essa palavra, como no platonismo e no aristotelismo, seu significado geral é de algo global, mundial, que abrange tudo. Podemos pretender que o Esperanto tenha divulgação e utilização universal, no sentido de ser utilizado em todos os lugares do mundo, mas sempre e apenas como língua-ponte entre as gentes. O Esperanto em si não é universal. É Internacional. Caso você veja algum anúncio de curso de Esperanto adjetivando essa língua como “Universal”, melhor escolher outro curso.

  • Esperanto não é uma língua espírita?

Não. O Esperanto é uma língua neutra em todos os aspectos, inclusive o religioso. Em matéria de religião, é tão neutra quanto o Português, o Inglês, o Espanhol etc. O Esperanto é neutro também em matéria de etnia, nação ou qualquer conceito nacionalista. Por isso carrega valores humanistas e devido a esses valores é apoiado por muitas religiões e por instituições como a UNESCO. Existem no mundo organizações de esperantistas de várias religiões, como católicos, evangélicos, quakers, bahaístas, oomotanos, budistas etc. O Papa, por exemplo, transmite a mensagem “Urbi et Orbi” em Esperanto. E não é o primeiro papa a fazer isso. A rádio do Vaticano transmite programas em Esperanto três vezes por semana e quando faleceu o Papa João Paulo I, que era esperantista, transmitiu missa em Esperanto em sua intenção e homenagem. Já a UNESCO emitiu duas Resoluções Oficiais favoráveis ao Esperanto, onde recomenda aos Estados-membro que divulguem e ensinem a língua, especialmente em suas universidades.

  • E por que, então, tem gente que pensa assim?

No Brasil o Esperanto vem sendo apoiado pelo Espiritismo há muitos anos e por isso pessoas mal informadas ou mal intencionadas, dizem por aí que Esperanto é língua espírita. Quem não sabe o que é o Esperanto tende a acreditar porque parece verdade: os nomes Esperanto e Espiritismo são meio parecidos, ambos começam com “esp”, um leigo que vê um livro de Esperanto publicado pela Federação Espírita Brasileira ou um livro espírita falando do Esperanto, pode rotular o Esperanto como coisa de espírita, fechar questão e sair repetindo a bobagem por aí. Isso funciona como uma boa antipropaganda porque uma escola de línguas, por exemplo, não se interessa em oferecer cursos de algo que acredita ser assunto religioso. Além disso profitentes de religiões refratárias ao Espiritismo, nem param pra saber o que é Esperanto se acreditarem ser coisa de espírita. Divulgar essa informação falsa tem sido uma forma ardilosa de frear o crescimento do Esperanto no Brasil.

  • Esperanto não é uma língua artificial?

Depende do que considerarmos “artificial”. O Esperanto deu certo justamente por não ser artificial como centenas de tentativas de “Língua Neutra”, que vieram antes dele e não funcionaram. Muita gente boa tentou uma solução neutra para a comunicação internacional, como os filósofos Descartes, Montesquieu e Voltaire, por exemplo. Mas, todos falharam porque língua não se “inventa”. A grande diferença do Esperanto é que suas palavras não foram “inventadas”, mas vieram das línguas-tronco das línguas modernas. Ou seja, das línguas que deram origem às línguas modernas. Tudo passando por uma pesquisa profunda dos radicais de palavras que já eram internacionais por si mesmos. É por isso que é comum reconhecermos palavras quando ouvimos um texto em Esperanto, mesmo sem nunca termos aprendido a língua. E o mais fantástico: isso acontece com gente do mundo todo. Até os falantes de línguas orientais sentem facilidade com o Esperanto porque a lógica da língua contempla o raciocínio oriental.

Então, resumindo pra responder: o Esperanto é artificial no seu arranjo mas não na origem de suas palavras ou na estrutura de sua gramática, que aproveitou o que de melhor o ser humano desenvolveu no campo gramatical. Convivemos no dia a dia com muitas coisas igualmente artificiais no seu arranjo, mas não em sua origem, como a casa em que moramos, bem diferente da natural caverna, como as verduras que comemos, produzidas pelo domínio do homem sobre a natureza, caso também do seu cãozinho doméstico, já que a natureza só produziu lobos. O Esperanto é tão natural e tão artificial quanto essas coisas.

  • Mas uma língua arranjada dessa forma pode funcionar?

Se qualquer outro projeto “a posteriori” (nome técnico de línguas cujas palavras vêm das línguas ditas “naturais”, em contraposição a línguas “a priori”, aquelas inventadas mesmo), poderia funcionar é difícil dizer. Mas o Esperanto é um fenômeno reconhecido por organizações como a União Internacional de Telecomunicações, ou melhor, por todas as organizações internacionais e seu iniciador, o médico e linguísta polonês Lázaro Luiz Zamenhof, considerado pela UNESCO como um gênio da humanidade. Talvez por isso o Esperanto seja um caso à parte.

O Esperanto funcionou de forma tão surpreendente, que em algumas universidades de alguns países existem estudos sobre esperantologia. Porque o Esperanto é realmente um fenômeno sóciolinguístico. Existem, por exemplo, pessoas que aprenderam o Esperanto desde o berço, dentro de casa, e nada faltou nele para que crescessem e se desenvolvessem como fariam falando qualquer outra língua.

  • Tem alguém que fala essa língua?

Há quem diga que o Esperanto é uma língua falada apenas por algumas pessoas excêntricas. Mais um equívoco de quem forma opinião sobre coisas sem pesquisá-las com seriedade. Talvez você não conheça ninguém que fale Esperanto porque as pessoas que falam a língua não andam pela rua com uma placa pendurada no pescoço dizendo “Eu falo Esperanto”. Ou porque, de fato, a quantidade de pessoas que fala a língua não seja tão grande assim. O Esperanto não tem tantos falantes quanto o Português, o Inglês, o Espanhol, mas já tem uma enorme capilaridade. Para esclarecer a diferença entre quantidade e capilaridade, tomemos o exemplo do Inglês e do Chinês (Mandarim). Qual das duas é mais falada? Em quantidade é o Chinês, sem dúvida, mas em capilaridade é o inglês, porque está em mais lugares do mundo. O Esperanto já tem hoje mais capilaridade que o inglês.

  • Mas eu não conheço ninguém…

Vejamos alguns números: a ONU registra que o planeta tem 191 países, mas o Banco Mundial jura que são 229. A FIFA tem 209 países associados e a empresa de cartões de crédito VISA recebe mensalmente faturas de 249 países. Em levantamento feito até 11 de dezembro de 2010, existem pessoas que falam Esperanto em 242 países do mundo. Isso é capilaridade. O Esperanto está em todos os cantos do planeta e em muitos países existem clubes, associações, agremiações esperantistas. Existe uma rede mundial organizada de esperantistas que hospedam esperantistas, de forma que é comum viajar pelo mundo hospedando-se em casas de esperantistas. E mesmo quando o esperantista prefere ficar em hotéis, é recebido por esperantistas que lhes dão suporte nos países visitados.

Então, se você falar Esperanto vai conhecer muita gente que também fala. E do mundo todo.

  • Mas, se o Esperanto ainda é usado por pouca gente no mundo, embora com boa capilaridade, por que é chamado de “Língua Internacional”?

Porque no caso do Esperanto “Língua Internacional” é um adjetivo, um qualificativo e não um advérbio. Ou seja, o Esperanto é internacional independentemente de estar ou não internacional, porque nasceu internacional. O Esperanto tem raízes em todas as línguas do mundo, foi buscar na origem delas as suas palavras e sua gramática. Quando se ouve pela primeira vez alguém falando Esperanto, é possível identificar algumas palavras e sentir uma certa familiaridade com a língua. Se a pessoa sabe Inglês, reconhece palavras que se assemelham ao Inglês, se sabe Francês, Grego, Italiano etc., acontece a mesma coisa. Se é oriental, encontra uma gramática mais próxima da lógica de sua língua. Ou seja, o Esperanto é internacional em si mesmo. Aliás, quando surgiu, o nome da língua não era Esperanto, mas apenas “Língua Internacional”. Doutor Esperanto era o pseudônimo de Zamenhof, que era médico, e depois de algum tempo os esperantistas resolveram homenageá-lo dando à “Língua Internacional” o nome de Esperanto. Não é interessante? O Esperanto é tão natural na origem de suas palavras que até o nome da língua aconteceu em um processo cultural e histórico natural. E nesse mesmo processo a língua já cresceu e se desenvolveu muito desde que surgiu.

  • Existe literatura em Esperanto?

Sim. E vasta! Existem livros tanto originalmente escritos em Esperanto quanto traduzidos para a língua, sobre todas as áreas do pensamento humano. A biblioteca Hector Hodler, da Associação Universal de Esperanto possuí algo em torno de 20.000 títulos de livros, além de jornais, periódicos, músicas etc. Você pode ler de Lusíadas de Camões aos quadrinhos do Asterix em Esperanto. Você pode ler livros de culinária internacional a Goethe, ou se quiser Shakespeare, Molière, ou Karl Marx e Adam Smith. Livros infantis e adultos. Aliás, o Ministério da Educação Brasileiro mantém em seu portal na Internet a página “Domínio Público” onde disponibiliza livros para baixar, cujos direitos autorais já expiraram. Se você selecionar no menu a língua Esperanto, vai encontrar 220 títulos à disposição para baixar gratuitamente. No Brasil, várias instituições esperantistas vendem livros em Esperanto, como a Liga Brasileira de Esperanto, a Cooperativa Cultural dos Esperantistas e muitas outras.

  • Então o Esperanto não é língua de uma “tribo” social fechada?

O Esperanto nasceu e cresce por motivos diversos dos que regem o mercado. Nada contra o mercado. Tenho convicção que o Esperanto começará em breve a ter espaço nele. Se um exportador e importador brasileiro quiser hoje fazer negócios com a China em Esperanto, a iniciativa será recebida com simpatia pelos chineses. E isso vale para outros povos. Mas, o Esperanto surgiu pela necessidade de uma língua neutra para comunicação democrática entre os povos, ou seja, uma língua que não ferisse brios nacionalistas, que não colocasse os nativos de determinada língua em vantagem sobre os nativos de todas outras línguas, que ao contrário de línguas nacionais travestidas de internacionais, não praticasse a dilapidação do patrimônio cultural dos povos pela contaminação cultural forçada pelos interesses econômicos. Uma língua tecnicamente possível de ser falada por todos os povos do planeta, que não esbarrasse em barreiras fonéticas intransponíveis. O Esperanto surgiu pela preocupação única e desinteressada de atender à necessidade de comunicação fácil, quente, cara a cara, entre os povos, de forma a intensificar o intercâmbio cultural multilateral e não unilateral e de forma a facilitar o intercâmbio científico em prol da humanidade. O Esperanto nasceu neutro e com direitos autorais cedidos em cartório como domínio público. Portanto, nasceu na contra-mão da exploração do ensino de línguas como meio de produzir riqueza para determinados países. Isso sim é favorecer a uma tribo.

  • Então, por que não se encontra livros em Esperanto em livrarias comuns e não vê anúncios na TV de cursos de Esperanto?

O processo histórico do Esperanto fez com que ele crescesse sem o apoio de nenhuma super potência, de uma empresa ou de qualquer poder econômico e fez ainda com que fosse até perseguido por supostamente colocar em risco interesses diversos àqueles da humanidade como um todo. Por isso, esperantistas foram mortos por Hitler nos mesmos campos de extermínio onde morreram judeus e outras minorias, por isso as ditaduras tanto de direita quanto de esquerda e os totalitaristas o perseguiram também. O Esperanto precisou renascer depois da segunda guerra mundial e vem se desenvolvendo à medida que os países vão se democratizando. A Internet é também um grande marco no desenvolvimento do Esperanto.

Por isso, em uma história ainda tão curta e tão conturbada, lutando pelo direito à democracia linguística, pela igualdade entre os homens nas relações internacionais, por valores humanistas e pela proteção da diversidade cultural, contra interesses econômicos e de dominação históricos, é natural que ainda não tenha comprado espaços comerciais nas TVs e que venha conquistando pouco a pouco espaços nas grandes livrarias. Com a Internet, soluções como TVs na Internet, e livrarias virtuais, vieram atender às necessidades de divulgação do Esperanto. E para o futuro tem mais.

  • O mundo precisa de uma língua como o Esperanto?

Como você já deve ter percebido por tudo que foi escrito até aqui, sim. E precisa urgentemente. Tanto nas relações diplomáticas quanto nas relações interpessoais em escala mundial, o problema da língua-ponte não está resolvido.

  • Mas, o Inglês já não é a língua internacional?

Vejamos dois aspectos: técnico e prático. No aspecto técnico a resposta é não. O Inglês é uma língua nacional travestida de internacional. É uma língua tecnicamente impossível de ser falada para muitas etnias. Uma língua nada fonética, com 12 sons para a letra “a”. Tente, por exemplo, conversar com um japonês ou um grego em Inglês e você perceberá que a dificuldade é muito grande. E mencionei dois países onde o Inglês é bem difundido. Pense no caso brasileiro onde as crianças já nascem ouvindo músicas em Inglês, são bombardeadas pela língua inglesa por todos os lados, recebem aulas de inglês na escola regular desde muito cedo, em certos casos desde o ensino infantil, e quando saem do Ensino Médio, não sabem falar inglês. Por que? Porque é uma língua antípoda à língua portuguesa. É de origem anglo-saxônica enquanto o Português é de origem latina. É foneticamente difícil e sua gramática, embora relativamente fácil, é cheia de exceções e idiossincrasias.

Na prática o Inglês é uma língua comercialmente bastante usada no mundo capitalista ocidental. Mas não em todo o mundo. Falei da China que vem ensinando o Esperanto e vem também ensinando o Inglês. Mas, eles aprendem o Esperanto com mais facilidade, mais rapidamente e a língua é mais simpática por ser neutra. Então por que aprendem Inglês? Porque, embora tenha ordenamento político comunista, entraram no jogo capitalista para ganhar. E o jogo pede conhecimento do Inglês, já que Estados Unidos tem “mando” do jogo capitalista. Para a China, ganhar nesse jogo é questão de sobrevivência já que existe lá uma super população para alimentar. Mas isso não quer dizer que se a China obtiver o “mando” desse jogo continuará trabalhando com o Inglês. E nem conseguirá ensinar Mandarim para o mundo. Nem para todos os chineses conseguiram ensinar. Então, o Esperanto seria uma opção digna. E eles já desenvolvem o ensino do Esperanto por lá.

Se o Inglês tivesse alcançado seu objetivo em ser a língua internacional a ONU não gastaria o equivalente a três vacinas contra poliomielite por palavra traduzida em suas assembléias. A foto abaixo ilustra o problema. Vemos a rainha da Inglaterra fazendo um pronunciamento na ONU e até mesmo os membros da mesa precisam de tradução simultânea.

  • Se eu aprender Esperanto vou conseguir um emprego melhor?

Por enquanto, não. Para tentar um emprego melhor no Brasil, você deve aprender Inglês ou Espanhol ou a língua que interessar à empresa onde você quer oportunidade. Se quiser trabalhar na Volkswagen, melhor aprender Alemão. Na Argentina está em alta fazer curso de Português. Quem domina o Português na Argentina está conseguindo melhores empregos devido ao bom momento econômico brasileiro. Também é importante dizer que apenas aprender uma língua estrangeira não garante a obtenção de um emprego melhor. É necessário estudar e cuidar do currículo. Esse negócio de mágica só existe em comercial feito pra vender cursos de línguas.
Com relação ao Esperanto, hoje, o que posso garantir é que você ampliará seu leque de contatos, em nível internacional e terá com ele uma ferramenta única de comunicação sem barreiras. E isso abra perspectivas.

  • Então, Esperanto pra quê?

Do ponto de vista pessoal, para seu crescimento cultural e humano. O conhecimento do Esperanto faz com que comecemos a pensar mundialmente de verdade e nos possibilita conhecer muito mais o mundo do que o conhecimento de qualquer língua nacional estrangeira. A questão não é só fazer amigos, mas a troca cultural que esses amigos acabam propiciando por estarem em todos os cantos do planeta. O Esperanto abre portas para que você conheça culturas e povos por dentro e não apenas da vitrine dos roteiros turísticos.

Se estendermos nosso olhar a partir do aspecto pessoal para o de nossa sociedade, veremos que o Esperanto é um tesouro a ser explorado.

Do ponto de vista da sociedade humana, o Esperanto promove a proteção à diversidade linguística e consequentemente à diversidade cultural, que é uma riqueza da humanidade a ser preservada. Já há algum tempo é uma preocupação dos países europeus a proteção de suas línguas locais. Na Alemanha, por exemplo, é proibida a exibição em cinemas de filmes falados em qualquer língua que não seja o Alemão. Todos os filmes tem que ser dublados. O problema da contaminação cultural invasiva é muito evidente na Europa, onde os países são pequenos e muito próximos. O Esperanto promove a democracia linguística nas relações internacionais, principalmente as diplomáticas por ser uma língua neutra de igual propriedade de todos os povos do mundo.

  • Esperanto é muito difícil?

Não. É muito fácil se comparado a qualquer outra língua. Por um lado possui uma gramática lógica e sem exceções, com apenas 16 regras. Por outro lado, essa gramática lógica faz com que você aprenda mais vocabulário em menos tempo. Você aprende uma palavra e pode criar muitas outras, expressar muitas ideias a partir dela, devido ao conjunto de prefixos e sufixos que funcionam como um jogo de montar. Esses afixos são regulares também e por isso o “jogo” é automaticamente compreendido por quem fala Esperanto. A revista “News Week” de 11 de agosto de 2003, publicou matéria onde afirmou que o Esperanto é pelo menos 10 vezes mais fácil de aprender do que o Inglês. Mas, Esperanto é língua. Não dá pra aprender dormindo. Requer menos esforço, menos tempo, quanto mais línguas o aluno souber mais fácil fica de aprender. E se não souber língua estrangeira alguma, aprendendo Esperanto, aumentará sua facilidade para prendê-las. Mas requer alguma dedicação, claro.

  • E esse projeto do Senador Cristovam Buarque?

Existe um projeto de Lei do Senador Cristovam Buarque, um homem reconhecidamente envolvido com a educação, que propõe a introdução do Esperanto como matéria opcional no ensino médio. A aprovação desse projeto e a posterior e necessária adesão das escolas para o ensino do Esperanto, representaria um ganho enorme para nossos alunos, tanto no aprendizado de línguas, quanto no aprendizado humanista.

  • Mas, seria bom para o ensino?
Podemos afirmar, com base em pesquisas científicas como a publicada pelo Ministério da Instrução Pública da Itália, que aprendendo Esperanto você aprenderá Inglês ou qualquer outra língua com mais facilidade e mais rapidamente, porque o Esperanto é um facilitador comprovado para o aprendizado de línguas. O que incluí a própria língua nacional. Ou seja, aprender Esperanto ajuda no aprendizado do Português. Estudos demonstram também que o jovem que aprende Esperanto, melhora seu raciocínio lógico matemático e aumenta seu interesse por Geografia e História.

Além disso, o Esperanto é reconhecido pela UNESCO como um importante instrumento para o fomento de uma cultura de paz. O que é urgente nos dias atuais.

• No Culturoscópio você encontra um texto com informações detalhadas sobre esse tema. Vale a pena ler. Clique aqui.

Mas, tem professor em quantidade suficiente pra ensinar Esperanto?
• Clique aqui e leia um artigo aqui do Culturoscópio que responde a essa questão.

Festival de equívocos assolou a CBN – – – Miskomprenada festivalo dezertigis radion CBN

O dia 19 de novembro ficou marcado na história como o dia em que comentaristas da CBN deram um show de equívocos sobre o esperanto, em  tom de grande “sapiência”.
Os senhores Cony (esse é reincidente!), Xexéo e Viviane Mosé, respondendo à pergunta proposta – Esperanto pode ser nova disciplina obrigatória no ensino regular? – e às perguntas do apresentador do programa, se posicionaram contra o esperanto, um direito deles, mas com argumentos frágeis demais.
Em primeiro lugar, a própria pergunta está errada. É inacreditável que uma emissora de rádio que “toca notícias”, segundo o seu slogan,  e por isso deve ter um grande quadro de jornalistas trabalhando em tempo integral, consegue não saber que o projeto de lei do Senador Cristovam Buarque não propõe esperanto como matéria obrigatória, mas optativa. Os equívocos começaram aí. Mas vamos ouvir os comentaristas, antes de continuar a análise do blog que toca esperanto:

Comentários dos comunicadores Cony, Xexéo e Mosé.
Aos comentários:

1- O apresentar faz a primeira pergunta, ao Cony, e comete o primeiro equívoco: “trocar o inglês pelo esperanto” não tem nada a ver com a proposta do esperanto, se bem que com o tempo, quando as vantagens do esperanto estiverem bem claras para todos, inclusive para os comentaristas da CBN, é claro que o inglês vai continuar cumprindo o seu papel de lingua nacional e o esperanto será a segunda língua de cada povo. Mas isso vai acontecer aos poucos, à medida em que  os que perceberem nele as qualidades necessárias de uma língua franca ideal, o adotarem como língua de trabalho, ate que num determinado momento da história, o esperanto vai deslanchar intensamente.

2- Na resposta, Cony, que é reincidente em cometer equívocos sobre o esperanto, diz que ele é uma língua fabricada. Ainda não aprendeu que:
a) O esperanto é uma língua planejada, e por isso extremamente lógica, simples, rica e fácil;
b) As línguas nacionais são convenções humanas, e elas é que foram “fabricadas”, construídas no lufa-lufa do dia-a-dia dos povos. Ou ele acha que os homem das cavernas já falavam inglês?
c) As gramáticas das línguas nacionais foram compiladas, muito depois de a língua ser falada (aqui vai um link informando quando foi produzida a primeira gramática de uma língua  na história da civilização humana:  http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C4%81nini ). A primeira gramática da língua portuguesa conhecida é da autoria de Fernão de Oliveira, e foi publicada em Lisboa, em 1536.
A gramática do esperanto foi planejada. Qual a diferença? Enquanto as gramáticas de línguas que já eram faladas foram compiladas, isso é, seus autores extraíram da língua falada as regras gramaticais, e por isso há tantas irregularidades e exceções, a gramática do esperanto foi genialmente elaborada com apenas 16 regras regulares,  simplificando o aprendizado da língua.
d) As palavras das línguas nacionais também foram convencionadas, “fabricadas” pelo homem, só que de forma aleatória, no dia-a-dia, enquanto no esperanto elas foram escolhidas pelo seu iniciador e adptadas  ao sistema regular de terminações do esperanto. É una das características geniais do esperanto.

3- Em seguinda Cony se mostra muito confuso, mas é possível entender que ele diz que uma língua se aprende na vida e não na escola. Então quer dizer que o Cony é contra o ensino de línguas na escola?

4- Cony historia brevemente o sobe e desce da hegemonia das línguas e registra que o poderio econômico e militar da China está promovendo o mandarim. Nisso ele tem razão. Como ele reconheceu que o francês cedeu lugar ao inglês pelo fato de a França ter cedido lugar aos Estados Unidos como grande potência, será que ele está admitindo que ao invés do inglês, nós teremos que aprender mandarim como língua franca, já que a China deverá suplantar o Estados Unidos? E se o Brasil seguir a China de perto, o português terá mais chance que o mandariam de se tornar língua franca, pois é mais fácil que o mandarim para os povos ocidentais? O esperanto não seria uma solução definitiva e justa para todos os povos?
5- Chegou a vez do Xexéo, que reconheceu que o esperanto é uma boa idéia. Poderia ter ficado por aí, isse apesar disso o esperanto é inútil, porque o inglês, segundo ele, já conquistou definitivamente o lugar de língua internacional, ignorando o sobe e desce das línguas conforme o momento histórico, como se a história tivesse parado, sem ascensão de novos países e decadência de  outros.

6- Em seguida Xexéo repetiu o bordão “ninguém fala esperanto”. Disse que quem aprende esperanto é  para conversar com o colega que também estuda esperanto. Disse que ninguém fala esperanto na Argentina, China etc.
Em primeiro lugar, é claro que quem aprende esperanto e para conversar com outras pessoas que também o aprende, não apenas no mesmo curso, mas em cursos organizados pelo mundo afora. Óbvio demais, embora já exista muitos casos de crianças que aprendem esperanto do berço. Aqui mesmo no Brasil temos muitos casos assim, sendo o mais conhecido o do menino que traduziu o livro “O menino maluquinho”, do Ziraldo, do português para o esperanto.
Quanto à China, o Xexéo precisa saber que lá o esperanto é ensinado em várias universidades e que a Rádio Pequim transmite em esperanto: http://esperanto.cri.cn/ . E mais: temos uma empresa de ímportação e exportação na China, que usa o esperanto como uma de suas línguas de trabalho: http://www.davinci-china.cn/web/index.htm , há 10 anos.

7- Para finalizar, Xexéo disse que o esperanto foi ultrapassado pelo desenvolvimento da humanidade. Nós achamos justamente o contrário, que o desenvolvimento da humanidade vai levar à adoção do esperanto como segunda língua de todos os povos.

8- Para completar o grupo, chega a vez da Viviane Mosé. Começa dizendo que para se estabelecer uma cultura são necessários milhares de anos. Pois nesse campo o esperanto mostra sua enorme eficiência: iniciada em 1887, tem uma riquíssima literatura, original e traduzida, tem música, tem eventos tracionais, tem história, tem tradições. É como se o esperanto fosse um bebê prodígio de três meses apenas, que tocasse piano, saxofone, falasse 10 línguas e resolvesse problemas de cálculo integral e diferencial de cabeça.

9- Mosé disse em seguida que se o esperanto tivesse que dar certo, já teria dado. Precisa ler aqui no blog o artigo Esperanto: sucesso em todos as frentes de uma língua viva (http://esperanto-na-midia.blogspot.com/2010/11/lingua-que-nao-deu-certoesperanto.html).

10- Para finalizar se mete a criticar o senador Cristovam Buarque, autor do projeto de lei em discussão, baseado no equívoco que a o esperanto será mais uma matéria obrigatória, quando o projeto de lei do senado a propõe como lingua optativa, se houver interesse da comunidade. Assim: se os alunos de uma determinada escola tiverem interesse e  se houver professor de esperanto disponível, o esperanto poderá se tornar matéria optativa naquela escola. Muito democrático e de acordo com o desejo da comunidade de cada escola, ao contrário do inglês que é muito mal ensinado e pouca gente consegue aprender em escola pública. Nesse aspecto, o esperanto, como língua propedêutica, tem muito a colaborar com a melhoria do ensino de línguas no Brasil.

Lamentamos muito que o nível desses comentários. Quando é que a CBN vai se redimir, entrevistando o senador Cristovam Buarque ou pessoas que conheçam o assunto?
Para finalizar, sugerimos que a CBN se inscreva na nossa Sala de Imprensa, para receber releases, matérias e conseguir chegar a pessoas que saibam informar melhor sobre essa questão.

 

Do blog Intraespo:
http://esperanto-na-midia.blogspot.com

KIO, KIU, ou KIA?

A partícula ki- é utilizada para se formar palavras interrogativas e relativas. A terminação –u indica indivíduo, coisa definida; ao passo que a tarminação –o indica coisa indefinida.
Os correlativos terminados em –o (como kio e tio) são verdadeiros substantivos (da mesma forma como libro, domo):

Kio estas tio? – Tio estas mapo. (O que é isso? – Isso é um mapa.)

Da mesma forma como não se pode colocar dois substantivos lado a lado (exemplo: domo patro – casa pai), não se pode tampouco colocar os correlativos terminados em –o junto de substantivos. Assim a pergunta “Kion libron vi legas?” está incorreta.

Com substantivos podemos usar correlativos terminados em –a (como kia), e os terminados em –u (como kiu).

Kian libron vi legas? – Mi legas interesan (novan, Esperantan) libron.
Que tipo de livro você lê? – Eu leio um livro interessante (novo, de Esperanto).

Kiun libron vi legas? – Mi legas biblion.
Que livro você lê? – Eu leio a bíblia.

Como mostram as respostas, kia libro e kiu libro não são iguais: quando usamos kia, queremos saber a qualidade (devemos responder usando um adjetivo); perguntando por kiu, queremos saber o nome do livro.

Kian malsanon li havas? – Li havas gravan malsanon.
Como é [descreva, com um adjetivo] a doença que ele tem? – Ele tem uma doença grave.

Kiun malsanon li havas? – Li havas ftizon.
Qual doença ele tem? – Ele tem tísica [tuberculose].

 

KIO… KIU ou KIA estas via nomo?

De uma forma geral, nas perguntas, podemos entender kio como “o que”, e kiu como “qual/quem”. Então qual das duas formas é correta? “Kiu estas via nomo?” ou “Kio estas via nomo?” (Qual é o seu nome?).

Apesar da discussão sobre qual forma é melhor, Bertilo Wennergren, membro da Academia de Esperanto, afirma que as duas formas estão corretas. De fato existem diversas maneiras de ver a essência dessa pergunta. Para alguns é natural ver a pergunta como uma seleção entre todos os nomes do mundo, por isso usam kiu (Qual, de todos os nomes, é o seu nome?). Porém alguns sentem que é natural ver o nome como uma coisa, um substantivo, e aí cabe perguntar “Kio estas via nomo?”. Pode-se perguntar ainda Kiel vi nomiĝas? (Como você se chama?). O mesmo é válido para outras questões como: “Kio/Kiu estas via adreso?” (Qual é seu endereço?), “Kio/Kiu estas via profesio?” (Qual é sua profissão?), “Kio/Kiu estas via ŝatokupo?” (Qual é seu lazer favorito?), etc. As formas como perguntas desse tipo são vistas podem variar de uma língua para outra. No português, por exemplo, para perguntas assim usamos a idéia de “kiu” (Qual é o seu nome?); já no inglês, usamos a idéia de “kio” (What is your name?). Por isso em Esperanto, as duas formas de pensar estão corretas. E da mesma forma que no português, podemos até mesmo usar a idéia de “kia” (Kia estas via nomo? – Como é seu nome?).

 

Fonte:

Farita de Eddy

Jornais de Pouso Alegre dão destaque para as palestras da Profª. Petra – – – Poŭzalegraj ĵurnaloj emfazas la prelegojn de profesorino Petra

Artikolo en Ĉiutaga Ĵurnalo - Artigo no Jornal Diário

Artikolo en Ĉiutaga Ĵurnalo - Artigo no Jornal Diário

Poŭzalegro ricevas internacian prelegantinon de Esperanto

 

Artikolo de Ŝtata Ĵurnalo - Artigo no Jornal do Estado

Artikolo de Ŝtata Ĵurnalo - Artigo no Jornal do Estado

Prelego pri Esperanto

 

Jen la adresoj de la ĵurnaloj:
Ĉiutaga Ĵurnalo
http://jornaldiariopa.com/impressa/Abril%20-%202011/08042011/Edicao_08_04_2011.pdf

Ĵurnalo de la Ŝtato:
http://jornaldoestado.net/index_arquivos/jornal.pdf

Palestras no Sul de Minas foi um Sucesso – Prelego en Sudminasa regiono estis Sukcesa.

As duas palestras dadas em nossa região pela professora Petra foi um sucesso.

Esperanto, viagens e a Hungria foram temas das palestras da simpática professora, divulgando a língua internacional ela mostrou a simplicidade do idioma e as utilidades de se aprender o esperanto.

Mais de 80 pessoas participaram do evento em Silvianópolis e 48 pessoas em Pouso Alegre.

A Associação Zamenhof agradece a todos que participaram das palestras e especialmente a professora Petra pelas palestras tão instrutivas.

Dankon Petra!

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La du prelegoj faritaj de profesorino Petra en nia regiono estis sukcesa.

Esperanto, vojaĝoj kaj Hungario estis la temoj de la prelegoj de la simpatia instruistino, disvastigante la internacia lingvo ŝi montris la simplecon de la lingvo kaj la utilecojn en la lernado de Esperanto.

Pli ol 80 homoj ĉeestis en la evento en Silvianopolo kaj 48 homoj en Pouso Alegre.

Asocio Zamenhof tre dankas al ĉiuj partoprenantoj kaj oni ĉefe dankas al profesorino Petra por la instruaj prelegoj!

Dankon Petra!

La fotaro:

Prelego en Silvianopolo - Palestra em Silvianópolis

Prelego en Silvianopolo - Palestra em Silvianópolis

Petra prelegas en Poŭzalegro

Petra prelegas en Poŭzalegro - Petra palestra em Pouso Alegre

La publiko en Poŭzalegro

Prelego en Poŭzalegro - Palestra em Pouso Alegre

Silvianópolis

Silvianópolis

Silvianópolis

Silvianópolis

Petra, Maria Antonia kaj la urbestro de Silvianopolo - Petra, Maria Antonia e o prefeito de Silvianópolis

Petra, Maria Antonia kaj la urbestro de Silvianopolo – Petra, Maria Antonia e o prefeito de Silvianópolis

Pouso Alegre

Pouso Alegre
Poŭzalegro

Poŭzalegro

Palestra em Silvianópolis foi um Sucesso – Prelego en Silvianopolo estis Sukcesa

Mais de 80 pessoas compareceram ontem na Escola Estadual Magalhães Carneiro na cidade de Silvianópolis para prestigiar a palestra da Profª. Petra Smideliusz. Petra palestrou sobre a Hungria e o esperanto. Legi plu